quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Um em cada quatro pais americanos associa vacina a autismo


Periódico médico britânico retratou estudo que primeiro associou a vacina MMR ao autismo e deflagrou um medo generalizado em relação à segurança da vacina.


A maioria dos pais acredita que vacinas protegem seus filhos contra doenças, mas um em cada quatro acha que algumas vacinas causam autismo em crianças saudáveis, e quase um em cada oito recusaram pelo menos uma vacina recomendada, conforme descobriu um novo estudo.
A vacina com maior probabilidade de ser rejeitada pelos pais foi a vacina contra o HPV para proteger contra o câncer cervical, segundo o relatório. O estudo se baseou em questões feitas a mais de 1.500 pais de crianças de 17 anos ou menos. Muitos pais também rejeitaram a vacina contra catapora, meningite bacteriana e, em menor ocorrência, a MMR, contra sarampo, caxumba e rubéola.
No mês passado, o periódico médico britânico The Lancet retratou o estudo de 1998 que primeiro associou a vacina MMR ao autismo e deflagrou um medo generalizado em relação à segurança da vacina.
“Ficamos preocupados em descobrir que um em cada quatro pais erroneamente acredita que as vacinas causem autismo em crianças saudáveis”, disse Dr. Gary L. Freed, professor de pediatria da Universidade de Michigan e principal autor do estudo, publicado online no início de março pelo jornal Pediatrics. “Felizmente, eles ainda estão vacinando em massa seus filhos”.
Nove em cada dez pais concordaram que as vacinas protegiam seus filhos contra as doenças, mas mais da metade disse temer sérios efeitos adversos.
Recentes processos
Um tribunal federal americano determinou sexta-feira, 12, que as provas que relacionam o autismo e um conservante que contém mercúrio em vacinas não é convincente, e que as famílias de crianças diagnosticadas com autismo não têm direito a indenização (três famílias americanas entraram com ação contra a fabricante de vacinas alegando autismo regressivo em suas crianças após a imunização).
A teoria de que as vacinas ou o timerosal (composto derivado de mercúrio) pode provocar autismo é rejeitada pela maioria dos peritos médicos, incluindo o Instituto de Medicina, o E.U. Centers for Disease Control and Prevention e pela Academia Americana de Pediatria. Múltiplos estudos científicos ainda não conseguiram provar a relação. Acontece que o Tiomersal foi removido das vacinas infantis, em 1999 e esqueceram de explicar o motivo.

Fonte: CNN/ The New York Times
Edição: F.C.
16.03.2010

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