terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Autismo pode mudar a estrutura molecular do cérebro

Autismo pode mudar a estrutura molecular do cérebro

Submitted by Ciência Diária on Wednesday, 25 May 2011
Cientistas mediram os níveis de expressão de mais de 20 mil genes para tentar compreender melhor a origem do autismo. Crédito: Geschwind lab.
Cientistas mediram os níveis de expressão de mais de 20 mil genes para tentar compreender melhor a origem do autismo. Crédito: Geschwind lab.
Durante décadas pesquisadores enfrentaram um desconcertante enigma em relação ao autismo: como desvendar uma doença que não deixa vestígios físicos enquanto se desenvolve no cérebro? Agora, um estudo liderado pela Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA, revela pela primeira vez que a doença deixa, sim, sua marca em nível molecular – fazendo com que o cérebro autista se diferencie radicalmente da estrutura de um cérebro saudável.
O estudo, publicado hoje na Nature online, oferece uma nova visão sobre como genes e proteínas são capazes de alterar a mente. A descoberta também identifica uma nova linha de “ataque” para os pesquisadores, que atualmente encaram um vasto leque de frentes possíveis para combater a doença e encontrar suas causas.
“Se você escolher aleatoriamente 20 pessoas com autismo, a causa de cada pessoa com a doença será única”, explica o principal pesquisador do trabalho, Daniel Geschwind, professor de neurologia e psiquiatria da David Geffen School of Medicine na UCLA. “No entanto, quando examinamos como os genes e proteínas interagem no cérebro de pessoas com autismo, vimos padrões compartilhados bem definidos. Este segmento comum poderia ser a chave para localizar a origem do distúrbio”.
A equipe, composta também por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, e King’s College, no Reino Unido, comparou amostras de tecido cerebral obtidos após a morte de 19 paciente com autismo e 17 voluntários saudáveis. Depois de avaliar três perfis de áreas cerebrais anteriormente relacionadas ao autismo, o grupo focou no córtex cerebral – a parte mais evoluída no cérebro humano -, centrando-se na expressão de genes (responsáveis, em primeira instância, pela síntese das proteínas).
Os resultados mostram diferenças consistentes na forma como genes de cérebros ‘autistas’ e ‘saudáveis’ codificam informações. “Ficamos surpresos ao ver padrões de expressão gênica similares na maior parte dos cérebros de autistas que estudamos”, disse Irina Voineagu, primeira autora do artigo. “Do ponto de vista molecular, metade desses cérebros partilha uma assinatura genética comum”.
O passo seguinte foi identificar os padrões comuns. Para isso, os pesquisadores analisaram o lobo frontal do córtex cerebral, que desempenha um papel importante nas decisões, criatividade, emoções e fala. Além disso, observaram também o lobo temporal, que regula a audição, linguagem, processamento e interpretação de sons.  Mais de 500 genes foram expressos em diferentes níveis nas duas regiões e em cérebros de autistas estas diferenças eram praticamente inexistentes.
“Em um cérebro saudável, centenas de genes se comportam de maneira diferente em cada região, e os lobos frontais e temporais são facilmente distinguíveis”, explica Geschwind. “Não vimos isso no cérebro autista: em vez disso, o lobo frontal se assemelha ao lobo temporal”.
Dois outros padrões importantes foram identificados pelos cientistas: primeiro, o cérebro de uma pessoa autista mostra uma queda nos níveis de genes responsáveis por funções neurais e da comunicação; em segundo, o cérebro autista exibe um salto nos níveis de genes envolvidos na função imunológica e na resposta inflamatória.
“Vários dos genes que surgiram nesses padrões compartilhados foram previamente associados ao autismo”, diz Geschwind. “Ao demonstrar que esta patologia é transmitida dos genes para o RNA e então para as proteínas celulares, fornecemos a evidência de que as alterações moleculares comuns em função dos neurônios e comunicação são uma causa – e não um efeito – da doença”. ORIGEM
Veja também:

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domingo, 1 de janeiro de 2012

Relato de um Asperger sobre a Dieta Sem Glúten e Sem Caseína

SGSC
Eu sou um homem de 42 anos com Síndrome de asperger e vivo nos Estados Unidos.
Como parte dos meus planos para o ano novo, começei uma dieta sem glúten e sem caseína e tenho a seguido religiosamente. Já faz quase seis meses que iniciei e posso dizer a vocês que ela me proporcionou mudanças discretas, mas definitivas. Se alguém me forçar a a dizer quanto, eu posso dizer que minhas dificuldades melhoraram 25%. Descobri que posso usar uma variedade maior de roupas e roupas mais justas e apropriadas, porque alguns tecidos não se parecem mais como formigas andando sobre a minha pele, o que sempre foi um problema desde que era bem pequeno.
A minha coordenação motora também melhorou consideravelmente. Hoje posso dançar sem machucar minha parceira ou a mim mesmo e posso praticar artes marciais como tai chi chuan com um senso melhor de equilíbrio… e de fato ela melhorou com meus movimentos estimulatórios.
Minha coordenação olho/mão também melhorou bastante. Posso usar ferramentas sem me machucar, tanto quanto fazer trabalhos minuciosos (como desmontar um relógio de pulso ou uma Câmera) com muito mais facilidade. Eu me descobri menos perfeccionista e não tenho mais ataques de ansiedade quando as coisas não saem perfeitas. Eu tinha problemas digestivos e estomacais desde que era menino, piores quando era criança, menores agora, e esses problemas sumiram cerca de um mês depois de me livrar de glúten e caseína. Meus interesses obsessivos mudaram de natureza e intensidade. Agora sou capaz de seguir em frente com uma variedade de interesses que posso compartilhar com outras pessoas e não é tão exaustivo me socializar tanto quanto era antes da dieta. Também descobri que sou menos ofensivo com as pessoas e não as ignoro como antes.
Isto pode parecer como recomendação entusiasta e realmente é, mas também me trouxe alguns problemas. Eu sempre tive uma memória fotográfica quando se referia a certas coisas e agora, mesmo que eu não tenha nenhum outro problema de memória, minha memória fotográfica sumiu junto com os meus problemas de estômago. Eu sou um editor de ficção científica e escritor de estórias de horror que recebeu pequenos elogios da crítica especializada (meu trabalho foi publicado em revistas como Analog Science Fiction and Fact, Blood Moon Rising, Skeptical Inquirer, etc) e minha capacidade de escrever foi bloqueada imediatamente ao entrar na dieta. Eu também tinha uma patente de invenção na área médica e também trabalhava numa série de outros projetos quando descobri para minha surpresa, que não podia liberar minhas invenções sem que as revisasse, pois precisava refiná-las. A abundância de criatividade que já experimentei, secou, embora não tenha se esvaído completamente. Igualmente interessante, descobri que é um pouco mais dificil ler do que antes das mudanças. Sempre fui um leitor ávido, tenho cerca de 4.000 livros em minha casa e hoje leio um pouco mais devagar do que antes e as vezes me vejo tropeçando em palavras. Não é como dislexia e nem fiquei analfabeto repentinamente, também não tenho difuculdades para ler, só fiquei um pouco mais lento. Me parece que eu não posso ter as bençãos do autismo sem os problemas que vem junto com ele. Algumas coisas permaneceram as mesmas. Eu ainda tenho os mesmos problemas para interpretar a linguagem corporal e ainda tenho dificuldades em mostrar a diferença entre uma piada amigável ou um insulto pessoal. Eu poderia com certeza voltar a minha dieta antiga, mas não acredito que voltarei. Eu tenho gostado muito mais da minha vida e me sentido muito menos sozinho e desamparado quanto me sentia. Eu realmente acredito que se tivesse seguido essa dieta desde a minha infância, eu teria sido muito melhor na escola e ido mais longe na vida do que fui. Eu continuo aspie, mas ficou mais fácil me passar por normal (o que quer que isso seja!). Espero que isso ajude.
Com carinho,
Kevin Levites
Fonte:  Revista Autism File nº 29 e traduzido por Claudia Marcelino, moderadora do Autismo Esperança e mãe de Maurício, 18 anos – R

Hacker que invadiu Pentágono atrás de fotos de ETs é autista, diz especialista

Para professor, Gary McKinnon sofreria de síndrome de Asperger.Governo americano quer que jovem britânico seja extraditado para os EUA.

Um especialista em autismo pediu nesta quinta-feira (15) em Londres que o britânico Gary McKinnon, acusado da maior operação de ciberpirataria da história dos Estados Unidos, não seja extraditado para esse país, onde pode pegar até 70 anos de prisão em uma penitenciária de segurança máxima. McKinnon foi acusado de entrar ilegalmente em 97 computadores da Marinha e do Exército americanos, da Nasa (agência espacial dos EUA) e do Pentágono, ações que ele mesmo confessou, mas alegando que não tinha má intenção. O especialista Simon Baron-Cohen, professor da Universidade de Cambridge, afirmou que McKinnon, de 42 anos, invadiu os computadores porque sofre da síndrome de Asperger, um tipo de autismo. Segundo Baron-Cohen, o que McKinnon fez foi "a atividade de alguém que sofre de um transtorno e não pode ser considerado um ato criminoso". O especialista explicou que o modo obcecado de agir de McKinnon é típico da "ingenuidade social" das pessoas que sofrem a síndrome de Asperger. A doença produz "uma visão estreita que faz com que, na busca da verdade, as pessoas não vejam as potenciais consequências sociais para as outras", afirmou o professor."Seu encarceramento seria questionável, porque alguém com a síndrome de Asperger dificilmente suportará esse entorno", disse o especialista. O hacker foi descoberto quando tentava baixar fotografias da Nasa que ele acreditava terem sido manipuladas para ocultar provas da existência de vida extraterrestre. Os americanos, que pedem sua extradição, afirmam que McKinnon tinha a intenção de influenciar no Governo dos Estados Unidos por meio da intimidação e da coerção.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL957348-6174,00-HACKER+QUE+INVADIU+PENTAGONO+ATRAS+DE+FOTOS+DE+ETS+E+AUTISTA+DIZ+ESPECIALIS.html

Poema para Dia Mundial do Autismo – 2 de abril

Ame-me,
Por favor
Como eu sou…
Ame-me
Como você
Gostaria que eu fosse.
Quem me concebeu…
Não imaginou
Que seria assim tão duro…
Entender que vim autista.
Mas ame-me
Fale-me desse amor
Mesmo que eu não pareça entender
Mesmo que eu fuja e me refugie
Busque-me não deixe eu me perder…
Ame-me…
Como se visse em mim
A imagem e semelhança de ti
No espelho das águas…

Não se importe
Com minha falta de compreensão
Treine-me para entender o mundo
Mas acima de tudo
Ame-me…
Como se eu tudo entendesse
Como se eu não fosse um peso
Demonstre seu amor
Mesmo que eu não saiba
O significado da palavra…
Deus, eu posso sentir…
E creia que em meus sonhos
Eu te vejo e te amo…
Não me negue esse amor
Que enxerga além da matéria
Pois é dele que necessito…
E se nas horas que de ti eu exijo demais
Mesmo nas dúvidas constantes
Aquelas que você às vezes tem vontade de desistir
Por favor, não desista, mas Ame-me….
Autora: Liê Ribeiro
Paz e luz
mãe do Gabriel Gustavo que está autista

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo tratamento para Asperger



PENSAR SOCIAL!


Por Michelle Garcia Winner[1]



Há cerca de dez, quinze anos atrás, aqueles que de nós trabalhavam na área do Espectro do Autismo, começaram a abraçar as competências sociais. Era uma novidade para nós o facto das crianças com Síndrome de Asperger não aprenderem através da observação dos outros, não compreenderem que pessoas diferentes têm reacções diferentes àquilo que as rodeia e verificar que uma série de competências que, aparentemente, aprendemos por osmose (como, por exemplo, perguntar a um colega se quer brincar ou pedir-lhe que partilhe o seu brinquedo, ou saber o que não se deve dizer a um professor) teriam que ser ensinadas de uma forma concreta, repetitiva e paciente a estas crianças.

Agora, um avanço rápido para os nossos dias. Demos um salto gigante na forma como compreendemos o ensino das competências sociais (i.e. ensinar acções sociais que sejam adequadas). Surgiram programas formais, acompanhados de livros e manuais com instruções detalhadas. Os pais "apanharam" a ideia e a maior parte dos professores compreendem a necessidade de incorporar os objectivos e metas das competências sociais no Plano de Apoio Individual (PAI) da criança.

Mas continua a faltar qualquer coisa. Existe uma peça deste puzzle que permanece no "nevoeiro", indefinida e, por vezes, quase incompreensível. Chama-se Pensamento Social e só agora começamos a ter a percepção do enorme papel que desempenha no processo de ensino-aprendizagem dentro da população com autismo.

O que é o pensamento social? Vamos tentar descrevê-lo de uma forma simples.

Alguma vez reparou o cuidado que põe na escolha das suas palavras quando vai a uma entrevista de trabalho ou a forma discreta como verifica o seu relógio quando está a falar com alguém? E se se encontrar numa situação social completamente nova? Qual a primeira coisa que faz? Observa as pessoas e depois mima as suas ações (ou não, dependendo do sucesso da pessoa que está a observar!). Isso é o pensamento social. É aquilo que fazemos antes de agir.

Aqueles que de nós seguem uma trajetória normal no percurso da aprendizagem social ("neurotípicos" ou NTs), desenvolvem, intuitivamente, um "treinador social interno". Este treinador começa a trabalhar na infância e continua de forma contínua ao longo de toda a nossa vida. O sentido social que desenvolvemos ajuda-nos a negociar num mundo de interações sociais instáveis e contextualmente variáveis.

Aprendemos como nos comportar na presença dos outros sem que, para isso, sejam necessárias instruções diretas. Depois de alguns "tropeções" iniciais na infância, rapidamente aprendemos competências mais sofisticadas. Começamos a perceber que as interações, quer seja com uma ou com várias pessoas, envolvem mais do que apenas os comportamentos observáveis. O seu sucesso depende de uma "dança" cuidadosa, feita de avanços e recuos, que inclui a avaliação das necessidades próprias e dos outros, da história (se existe alguma) entre os intervenientes, e dos pensamentos que têm a respeito um do outro durante a interação. É complicado! E ainda por cima é um sistema em constante modificação! Uma criança aprende que quando o amigo com quem está a brincar se afasta ou começa a olhar ao seu redor, é sinal que está a ficar aborrecido e é melhor que consiga alterar algo para manter o interesse do seu companheiro. Como adultos, aprendemos a esperar até que o nosso chefe deixe de focar a sua atenção em nós, durante uma reunião, para podermos olhar para o relógio.

A nossa capacidade para considerar outras perspectivas, compreender que os nossos comportamentos afetam aquilo que as outras pessoas pensam a nosso respeito e que podemos mudar aquilo que pensam de nós (de forma boa ou má) não é nada que se aprenda num ensino dirigido. Ao contrário, é aprendido intuitivamente ao longo da nossa experiência social, através de uma mente pré-programada para funcionar desta forma, desde o nosso nascimento. Mesmo quando somos bebês a nossa aprendizagem social já está ativa. Os bebês orientam-se para a mãe como fonte de informação: será esta pessoa amigável? Será que devo ter medo deste novo espaço? Somente depois do primeiro ano de vida, as crianças começam a apontar para qualquer coisa que tenha interesse e a olhar para os pais para partilhar o prazer da descoberta. Já lhes faz sentido que algo a que acham piada também possa ser divertido para os outros. Os círculos de comunicação e partilha de experiências vão se tornando cada vez mais largos. Aprendemos acerca dos pensamentos e sentimentos das outras pessoas e, à medida que crescemos, tornamo-nos incrivelmente sofisticados na nossa capacidade para determinar as motivações dos outros, as suas experiências e conhecimentos anteriores, os sistemas de crenças e personalidades.

O pensamento social é necessário de cada vez que partilhamos um espaço com alguém, mesmo que não haja lugar a interação. É comum ajustarmos o nosso comportamento, baseados no que achamos que a outra pessoa está a pensar a nosso respeito. Consegue lembrar-se de alguma vez que tenha atravessado a rua para evitar cruzar-se com uma pessoa que lhe tenha parecido suspeita? E das vezes que evitou o contacto visual com alguém, fingindo não o ter visto, para escapar a uma possível interação?

Existem outros momentos em que o pensamento social desempenha um papel importante. Utilizamo-lo quando lemos livros, para considerar as motivações dos personagens e compreender as suas ações em determinados contextos, quando nos expressamos por escrito, quando vemos televisão ou quando temos uma conversa que não tem o resultado que esperávamos.

Aqueles que nascem com o seu cérebro social completamente funcional podem achar difícil compreender a falta desta capacidade intuitiva para aprendizagem social. É de tal forma uma segunda natureza para os indivíduos neurotípicos, que imaginar qualquer outra maneira de pensar é talvez impensável! O nosso sistema de ensino baseia-se numa construção feita sobre o pensamento social. Mas e aqueles que não têm esta capacidade inata? Como é que os alcançamos?

O pensamento social e as competências sociais relacionadas podem ser ligeira ou significativamente deficitárias nas pessoas dentro do espectro do autismo, nas pessoas com perturbações da aprendizagem não-verbal e em muitas pessoas com déficit de atenção e hiperatividade. Para elas, é um enorme desafio aprender a processar e responder a informação social, de uma forma rápida e eficaz. Por exemplo, indivíduos diagnosticados com "autismo clássico" podem não ter consciência de que pessoas diferentes têm pensamentos diferentes. Algumas crianças podem começar uma conversa a meio de uma frase, porque assumem que todos à sua volta partilham exatamente os mesmos pensamentos, no mesmo momento. Indivíduos com padrões de alto funcionamento, aqueles que são diagnosticados com Síndrome de Asperger, são muitas vezes um duplo dilema. A sua inteligência dotada e as capacidades na área da expressão verbal podem-nos levar a pensar que o seu pensamento social é igualmente adequado. No entanto, na maior parte das vezes, isto é falso. Ainda que possam estar conscientes de que as outras pessoas têm pensamentos diferentes dos seus, é-lhes difícil interpretá-los e responder de uma forma adequada, principalmente à velocidade a que se passa uma interação social, que pode acontecer em breves segundos. Para estas pessoas é extremamente difícil conseguir que o mundo social faça sentido, e, normalmente, não podem contar com a ajuda dos professores e serviços de apoio que são desviados para aqueles que apresentam deficiências notórias.

Aqui, iremos explorar o que significa pensar socialmente, bem como discutir formas práticas de ensinar a pessoas com Síndrome de Asperger estas competências da vida quotidiana. Iremos mostrar como esta informação social não é algo estático, mas sim parte de um sistema dinâmico e sinergético de pensamentos e ações, com regras variáveis na sua sofisticação, de acordo com a idade e contexto. O pensamento social não nos fornece um guia; ao invés disso abre-nos um caminho com muitas escolhas para ajudar os nossos alunos a interagir e a resolver problemas. Quando os pensamentos por trás das suas ações começarem a mudar, veremos que as suas ações sociais melhoram exponencialmente.

Ensinar o pensamento social e as competências sociais relacionadas não é uma abordagem linear, facilmente partida numa seqüência de passos que podemos repetir vezes sem conta. É por isso que é um desafio. No entanto, é também isso que faz desta área uma aventura fascinante e criativa!

Os Quatro Passos da Perspectiva e do Pensamento Social

Os amigos são aquelas pessoas que nos fazem sentir bem acerca de nós próprios. Ainda que isto seja uma verdade simples, fazer amizades é um processo complexo, principalmente para indivíduos com Síndrome de Asperger, para os quais a aprendizagem social é um verdadeiro desafio.


Outro fato, que aprendemos ser verdade ao longo de anos a trabalhar com estes indivíduos e a discutir os seus desejos, é que todas as pessoas dentro do espectro do autismo querem que os outros sejam simpáticos com eles. Desejam construir amizades e não gostam de ter inimigos. Não são diferentes das pessoas neurotípicas nesta vontade de criar e manter relações saudáveis. A diferença encontra-se na sua capacidade mental para a negociação subtil que as relações amigáveis exigem.

As crianças e os adultos com Síndrome de Asperger apresentam dificuldades na interpretação das mensagens sociais. Por outro lado, as mensagens que enviam aos outros são também, frequentemente, errôneas no que respeita às suas intenções. Mesmo os alunos com Síndrome de Asperger que apresentam um elevado padrão de funcionamento, não têm consciência de como as outras pessoas os percepcionam, e das mensagens sociais não intencionais que os seus atos transmitem aos outros. Por exemplo, podem não reparar que são vistos como mal-humorados ou antipáticos quando falham na utilização dos cumprimentos.

A nossa tarefa como pais e educadores é partir estes conceitos complexos em passos concretos e compreensíveis.

Para começar, falamos acerca dos locais e momentos em que nos encontramos envolvidos no pensamento social. Os nossos alunos (incluindo os adultos) normalmente julgam que o pensamento social só é usado dentro de uma interação social como, por exemplo, num encontro com os amigos, num jogo, etc. É preciso gastar algum tempo a discutir este assunto para que os alunos comecem a perceber que o pensamento social está ativo sempre que partilhamos o espaço com outras pessoas, mesmo que não haja lugar a uma comunicação direta. Quem é que não afasta o carrinho das compras no corredor do supermercado para deixar que outra pessoa passe? Isto é pensamento social.

O pensamento social não está ativo apenas quando temos a companhia de alguém, mas sim em todos os momentos em que pensamos nas outras pessoas. Quando estamos sozinhos analisamos interiormente as interações sociais do passado, tentando adivinhar se o outro percebeu as nossas ações da forma desejada. Quando realizamos que fomos mal interpretados ou que agimos mal, telefonamos ou enviamos um email, para clarificar a situação ou pedir desculpas. Aqui está o pensamento social a trabalhar!

O pensamento social domina a nossa mente durante o dia. Nós utilizamo-lo antes, durante e depois de um encontro social. Ajuda-nos a determinar de que maneira nos devemos comportar para que as pessoas tenham bons pensamentos a nosso respeito quando nos voltarem a ver. Se o nosso objetivo é ajudar os nossos alunos a serem melhores pensadores sociais, ensinar-lhes os comportamentos sociais não é suficiente. Também temos que lhes ensinar acerca das mentes das outras pessoas e dos seus pensamentos sociais.

Como? Uma estratégia útil com alunos do 2º ciclo e mais velhos é usar os Quatro Passos da Perspectiva. Esses passos ajudam-nos a reconhecer e considerar os pensamentos que temos acerca das outras pessoas e a ajustar o comportamento mesmo na ausência de comunicação intencional. Utilizamos estes quatro passos em qualquer interação social:

Passo 1: Sempre que duas pessoas partilham um mesmo espaço, têm pensamentos uma acerca da outra. Eu penso a teu respeito e tu pensas a meu respeito.

Passo 2: Eu considero as motivações e intenções do outro. Se o seu aspecto for suspeito, observo-o com um maior cuidado. O outro, por sua vez, também considera as minhas intenções e motivações.

Passo 3: Eu considero o que a outra pessoa pensa a meu respeito. Será positivo, neutro ou negativo? Existe alguma história entre nós que faça com que tenha esses pensamentos?

Passo 4: Eu observo e, possivelmente, modifico o meu comportamento para fazer com que a outra pessoa se mantenha a pensar em mim da forma que eu quero. O outro está a fazer a mesma coisa comigo.

Estes quatro passos acontecem em milésimos de segundos e a um nível intuitivo, abaixo do patamar da nossa consciência imediata. Os três primeiros passos envolvem o pensamento social, apenas o último envolve o comportamento.

Durante as conversas com os alunos, é necessário frisar que este processo está baseado no princípio de que de que todos nós desejamos que as pessoas tenham pensamentos razoavelmente agradáveis a nosso respeito, mesmo num breve encontro. De outro prisma, o oposto disto também é verdade: não queremos que as pessoas tenham pensamentos estranhos a nosso respeito. Pode ser um desafio, para os nossos alunos, perceber que os outros têm pensamentos diferentes, e que todos nós temos pensamentos bons e estranhos acerca das outras pessoas. A maior parte dos alunos com Síndrome de Asperger nunca parou para pensar que também eles têm pensamentos estranhos acerca dos outros.

Muitos dos nossos alunos nunca consideraram o papel das memórias sociais nas suas interações diárias. Todos nós temos memórias emocionais de pessoas, baseadas naquilo que nos fizeram pensar delas ao longo do tempo. Pessoas que levam os outros a ter pensamentos "bons" ou "normais" a seu respeito são frequentemente consideradas simpáticas ou amigáveis e têm mais hipóteses de fazer amigos do que aquelas que criaram uma série de memórias estranhas nas mentes dos outros. Durante o ensino do pensamento social, não só ajudamos os nossos alunos a perceber que são responsáveis pelo seu comportamento, como que as pessoas guardam memórias sociais acerca deles. A razão que me leva a ligar a um colega de trabalho ou a um amigo para pedir desculpas pela forma como as minhas ações podem ter sido interpretadas é fazer com que, no seu cérebro, se construa uma memória social positiva a meu respeito.
Os quatro passos da tomada de Perspectiva acontecem sempre que partilhamos o mesmo espaço com alguém e são um requisito fundamental para o funcionamento de qualquer aluno numa sala de aula. Uma regra implícita nesse contexto é que todos os alunos e professores devem partilhar um pensamento social mútuo acerca dos colegas e que cada aluno é responsável por observar e ajustar o seu comportamento de acordo com isso. Um aluno que não é eficaz nos quatro passos é normalmente considerado como tendo problemas comportamentais.

Os alunos que enfrentam desafios no pensamento social têm que aprender cognitivamente aquilo que nós fazemos de forma natural e intuitiva. Para ajudá-los a compreenderem a tomada de perspectiva, vamos estudar cada um dos quatro passos. Para que o educador seja capaz de compreender com uma maior profundidade este conceito, deve destinar tempo a observar os seus próprios pensamentos sociais e o impacto que têm nas suas ações, quando se encontra na presença de outras pessoas. Desta forma, o seu próprio pensamento social pode servir de guia no ensino dos alunos com Síndrome de Asperger. É comum que os professores vejam os seus alunos tornarem-se bastante interessados nos seus próprios pensamentos e nos pensamentos das outras pessoas, a partir do momento em que conseguem dividir o processo em componentes que possam ser observadas, acerca das quais se possa falar e relacionar com as experiências quotidianas.

Para promover o pensamento social nos indivíduos com Síndrome de Asperge, que apresentam uma inteligência verbal normal ou próxima da norma, é fundamental que não os ensinemos apenas a "comportarem-se" ou a "usarem as competências sociais adequadas", mas sim que o comportamento social é baseado no pensamento social.

http://www.socialthinking.com/

[1] Michelle Garcia Winner, CCC-SLP é internacionalmente reconhecida como uma terapeuta inovadora, uma apresentadora enérgica e entusiasta de workshops e uma autora prolifera. Na sua prática privada, Michelle G Winner’s Center for Social Thinking, ela e a sua equipa consultam indivíduos, famílias e escolas acerca dos tópicos ligados ao pensamento social. Para mais informações acerca dos seus livros, workshops e este assunto em geral, visite http://www.socialthinking.com/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Brasileiro encontra caminho para cura de 90% dos tipos de autismo, além de Rett


Por Paiva Junior
Sim, 90% dos tipos de autismo têm causas genéticas e poderão ser curados num futuro (que desejamos ser próximo), assim como a Síndrome de Rett. A conclusão é do neurocientista Alysson Muotri, que trabalha na pesquisa da cura do autismo nos EUA.
Em entrevista exclusiva com o neurocientista, que trabalha e reside em San Diego, na California, foi possível entender melhor o que a mídia mundial noticiou há três semanas: uma esperança para a cura do autismo. Aliás, as palavras “cura” e “autismo” jamais estiveram juntas na história da ciência. Só por esse fator, o trabalho já é um marco. Além de Alysson, os neurocientistas Carol Marchetto e Cassiano Carromeu formam o talentoso trio brasileiro que lidera esse trabalho.
Todas as reportagens citavam a cura do autismo. As mais detalhadas, porém, diziam que o tipo de autismo era a síndrome de Rett apenas. Sem entrar na discussão de Rett estar ou não incluída no espectro autista, isso incomodou muita gente e algumas pessoas que se animaram com a notícia se desapontaram ao saber que o trabalho foi feito apenas com  essa síndrome -- que afeta quase que somente meninas (pois os meninos afetados morrem precocemente). Muitos diziam: “síndrome de Rett não é autismo!”. Então de nada valeria a pesquisa para os autistas.
Certo? Errado.

Alysson não gosta de comentar trabalhos ainda não publicados, porém me revelou com exclusividade que seu próximo trabalho é exatamente o mesmo feito com síndrome de Rett, porém utilizando pacientes com autismo clássico, que deverá ser publicado em algum momento de 2011. E ainda adiantou que os resultados de um subgrupo dessa pesquisa foi o mesmo que conseguiu com os Rett: “os sintomas são similares aos de Rett, mas ainda não tentamos a reversão propriamente dita, mas acreditamos que deva funcionar da mesma forma; os experimentos estão incubando; tudo isso é muito recente ainda. E a filosofia é a mesma: se curar um neurônio, ele acredita que poderá curar o cérebro todo. Quando perguntei se ele já sabe onde será publicado esse trabalho e se tinha mais detalhes, a resposta foi imediata: “Não, ainda é muito cedo, precisamos terminar uma serie de experimentos”. Essa nova pesquisa envolveu vinte pacientes com autismo clássico. “Em alguns casos conseguimos descobrir a causa genética, o que facilita mais a interpretação dos dados”, explicou o brasileiro. Aliás, segundo ele, seria possível identificar o autismo em um exame, usando essa mesma técnica, mas isso hoje seria imensamente caro e complexo, portanto ainda inviável.
A droga para essa possível cura, possivelmente uma pílula, segundo Alysson deve vir em cinco ou dez anos, mas ele adverte: “Não se esqueça que a ciência muitas vezes dá um salto com grandes descobertas. Previ que este meu estudo demoraria uns dez anos e consegui fazê-lo em três anos”, explicou ele, referindo-se à descoberta do japonês Yamanaka de fazer uma célula “voltar no tempo” e reprogramá-la (veja explicação neste link), o que “acelerou” o trabalho do neurocientista.
Outra informação importante revelada por Alysson foi que ainda não se sabe como se comportará o cérebro quando curado do autismo. Tanto a pessoa pode simplesmente “acordar” do estado autista e passar a ter desenvolvimento típico (“normal”), como pode dar um “reset” no cérebro e ter que aprender tudo de novo, do zero, mas aprendendo naturalmente como as crianças neurotípicas (com desenvolvimento “normal”). Pode ser que a pessoa “curada” de autismo passe a ter outros gostos e interesses e até perder algumas habilidades que tinha antes, supõe o pesquisador brasileiro, que ainda tem um longo caminho pela frente no aprimoramento da sua técnica e na busca pela droga mais eficiente, que é o próximo passo das pesquisas. “É um trabalho importante, pois hoje há 1 autista para cada 105 crianças nos EUA”, informa ele.

INTERESSE DA INDÚSTRIA

Por último, ele revelou na entrevista que a indústria farmacêutica já o procurou, mas o laboratório vai seguir de forma independente também, com menos investimento, mas sem muito medo de riscos na busca pela cura definitiva do autismo para todas as idades, que é o desejo do palmeirense Alysson Muotri.
Esses laços evidentes com o país natal, faz o cientista “investir” em ajudar e incluir o Brasil nas pesquisas. Há uma parceria dele com uma equipe da USP (Universidade de São Paulo). A bióloga Karina Griesi Oliveira, passou um ano com os brasileiros na California aprendendo essa nova técnica de reprogramação celular (leia mais neste link da revista Pesquisa, da Fapesp). “Com colaboração da Karina, estamos também trabalhando com alguns pacientes brasileiros”, destacou o paulistano, que também graduou-se na USP.
Muitos dados citados na entrevista, como a estatística de 1 para 105 ainda nem foram publicados, pois, como diz Alysson, estamos lidando aqui com a “nata” da ciência: É a “cutting-edge science”, definiu ele, em inglês. “Esse número foi divulgado na ultima reunião da Sociedade de Neurociências, realizada em novembro de 2010, em San Diego (EUA)”, contou ele, que lidera onze pessoas em sua equipe, que, em alguns momentos, chegou a ter vinte integrantes.
Os detalhes da pesquisa estão na coluna quinzenal "Espiral" de Alysson no portal G1 e a minha entrevista exclusiva completa com o neurocientista brasileiro -- que durou uma hora e dez minutos -- você poderá ler, na íntegra, na próxima edição da Revista Autismo, que sai no primeiro trimestre de 2011 -- valerá a pena aguardar!
Talvez hoje ainda não possamos dizer que o autismo é curável. Mas agora também não se pode mais dar a certeza de que seja incurável.

Paiva Junior é editor-chefe da Revista Autismo e entrevistou Alysson Muotri, por telefone, no dia 02.dez.2010.



*A reprodução deste texto é permitida sem necessidade de autorização, desde que cite-se a fonte e o autor. Se reproduzir na web, inclua também um link para nosso site (RevistaAutismo.com.br).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Autismo: A ocitocina Melhora Social comportamento dos pacientes, achados do estudo francês


ScienceDaily (17 de fevereiro de 2010) -
O autismo é uma doença caracterizada por dificuldades em se comunicar efetivamente com outras pessoas e desenvolver as relações sociais. Uma equipe liderada por Angela Sirigu no Centro de Neurociências Cognitivas (CNRS), revelou que a inalação de oxitocina, um hormônio conhecido para promover laços mãe-bebê e as relações sociais, melhorou significativamente a capacidade dos pacientes autistas para interagir com outros indivíduos.

Para conseguir isso, os investigadores administraram a oxitocina a 13 pacientes autistas e observou seu comportamento social durante os jogos de bola e durante os ensaios visual concebido para identificar a capacidade de reconhecer faces expressando sentimentos diferentes. Seus resultados, publicados no Proceedings of the National Academy of Sciences, em 15 de fevereiro de 2010, portanto, revelar o potencial terapêutico da ocitocina no tratamento das desordens sociais de pacientes autistas, que sofrem.

A oxitocina é uma hormona que promove a entrega ea lactação. Ela desempenha um papel crucial na melhoria do comportamento social e emocional. Estudos anteriores que mediram os níveis desse hormônio no sangue dos pacientes mostrou que era deficiente em pessoas com autismo.

A equipe liderada por Angela Sirigu no Centro de Neurociências Cognitivas em Lyon, assim, avançou a hipótese de que um défice neste hormônio podem estar implicados nos problemas sociais enfrentados pelos indivíduos autistas. A equipe, trabalhando em colaboração com o Dr. Marion Leboyer no Hôpital Chenevier em Créteil, examinar se a administração de ocitocina pode melhorar o comportamento social dos 13 indivíduos com autismo de alto funcionamento (AAF) ou síndrome de Asperger (AS). Em ambas as formas de autismo, os pacientes mantêm normal habilidades intelectuais e lingüísticas, mas são incapazes de engajar espontaneamente em situações sociais. Assim, durante uma conversa, esses pacientes virar a cabeça e evitam o contato visual com outras pessoas.

Primeiro de tudo, os pesquisadores observaram o comportamento social dos pacientes, enquanto eles estavam interagindo com outras três pessoas durante um jogo de jogar bola. Três perfis foram representados: um jogador que sempre voltava a bola para o paciente, um jogador que não devolver a bola e, finalmente, um jogador que indiscriminadamente devolveu a bola para o paciente ou para outros jogadores. Cada vez que o paciente recebeu a bola, ele ou ela ganhou uma soma de dinheiro. The Game foi reiniciado dez vezes a fim de permitir que o paciente a identificar os diferentes perfis dos seus parceiros e agir em conformidade. Sob um placebo, os pacientes retornaram a bola de forma indiscriminada para os três parceiros. Entretanto, os pacientes tratados com ocitocina foram capazes de discriminar entre os diferentes perfis e devolveu a bola para o parceiro mais cooperativa.

Os cientistas também mediram o grau de pacientes de atenção aos sinais sociais, pedindo-lhes para olhar série de fotografias de rostos. Sob um placebo, os pacientes olhou para a boca ou fora da foto. Mas após a inalação de oxitocina, os pacientes apresentaram um maior nível de atenção aos estímulos facial: eles olharam para os rostos, e de fato era mesmo possível ver um aumento no número de vezes que olhou especificamente para os olhos dos rostos nas fotografias .

Durante estes testes, os cientistas também verificaram esses efeitos comportamentais, medindo os níveis de oxitocina fisiológicas plasma antes e após a inalação nasal. Antes da inalação, os níveis de ocitocina no plasma foram muito baixos, mas aumentaram após a ingestão do hormônio.

Os resultados destes testes mostraram, portanto, que a administração de oxitocina permitido pacientes autistas para ajustar ao seu contexto social, identificando os diferentes comportamentos apresentados por aqueles em torno deles e, em seguida, actuou em conformidade, demonstrando mais confiança nos indivíduos socialmente mais cooperativa. A oxitocina também reduziu o medo dos outros e promover o estreitamento das relações sociais.

Este é um dos primeiros estudos que têm demonstrado um potencial efeito terapêutico para a ocitocina em déficits sociais no autismo. Evidentemente, as variações entre indivíduos foram observados em termos de resposta ao tratamento, e os pesquisadores reconheceram a importância ea necessidade de prosseguir este trabalho. Eles serão, nomeadamente, estudar os efeitos a longo prazo da ocitocina sobre a melhoria da vida cotidiana de transtornos autistas e sua eficácia na fase inicial da doença. 

Autismo Norte - Blog para os Pais

¿Existe relación entre la oxitocina sintética y la epidemia de autismo?


Según una reciente investigación, personas que padecen autismo o síndrome de Asperger de alto funcionamiento, tras inhalar oxitocina, mejoraron su conducta prosocial, es decir, que prestaron más atención a las señales sociales (la mirada, la expresión facial, etc.). El efecto duraba poco tiempo, pero durante estos minutos, alrededor de veinte, estos sujetos pudieron captar mejor las pistas sociales que normalmente pasan desapercibidas para los autistas. Entre las respuestas individuales, hubo variación, y también debemos señalar que sólo estudiaron a autistas de alto rendimiento, aunque más del 80% de los autistas presentan también retraso mental. De todas formas, a pesar de las limitaciones del experimento, parece que se ha abierto una importante vía para futuras investigaciones.

Desde hace tiempo se había comprobado que en los niños y adultos con autismo, el nivel de oxitocina es más bajo de lo normal. Lo que intentan varias líneas abiertas de investigación es aumentar este nivel de oxitocina para mejorar la percepción y la respuesta social de estas personas.

La oxitocina es conocida como la “hormona del amor”, ya que tiene un papel importante en el fortalecimiento de los vínculos afectivos. La producimos cuando nos acariciamos, nos besamos y, también, en el orgasmo. Además, y no de menor importancia, tiene un papel primordial en el nacimiento y la lactancia.

El pico más alto de oxitocina que puede conseguir un ser humano, lo produce la mujer en la hora siguiente al parto (en un parto natural), coincidiendo con el momento en el que se produce el “enamoramiento” con su bebé. Los hombres no llegamos jamás a esos niveles de oxitocina. Además, no debemos olvidar que cada vez que el bebé mama se produce una subida de oxitocina que fortalece el vínculo amoroso entre la madre y su bebé.
A nivel físico, la oxitocina es básica en el parto, ya que provoca las contracciones uterinas, ayuda a la expulsión de la placenta, reduce la pérdida de sangre y, además, también estimula la producción de leche.

La diferencia entre la oxitocina artificial (que se administra para provocar artificialmente las contracciones en los partos medicalizados) y la oxitocina producida por el propio cuerpo, no radica en su composición química, sino en su efecto sobre el cerebro. La oxitocina natural, se produce en el hipotálamo, se almacena en la hipófisis y, desde allí, se lanza al torrente sanguíneo. La artificial entra directamente al torrente sanguíneo, pero no puede atravesar la barrera hematoencefálica (barrera que aísla y protege al cerebro del resto del cuerpo). Por lo tanto, la oxitocina administrada artificialmente provoca las contracciones del útero (más frecuentes y dolorosas), pero como no llega al cerebro, nos quedamos sin el “enamoramiento” natural. Además, otro efecto del suero de oxitocina es que inhibe la producción de oxitocina del propio cuerpo y que en grandes dosis, desensibiliza los receptores de oxitocina, por lo que no se produce el “enamoramiento” y la instauración de la lactancia resulta más complicada.
De todas formas, no quiero ser alarmista y me gustaría destacar que la lactancia (la natural, la humana) puede compensar la falta de oxitocina natural de algunos partos difíciles o de la cesárea. Ya hemos visto que cada vez que el bebé estimula el pecho de la madre, hay una subida de oxitocina.

¿Y qué pasa entonces cuando tenemos un parto provocado con oxitocina artificial o una cesárea y, además, sustituimos la lactancia materna por el biberón?, ¿qué pasa si ni la madre ni el bebé tienen la oportunidad de vincularse de esa manera tan brutal?, ¿qué efectos tendrá la ausencia de la hormona que favorece la capacidad de amar?

En las últimas décadas estamos asistiendo a un aumento considerable de los casos de autismo; hay quien habla de epidemia. También, desde hace varias décadas, asistimos a una mayor medicalización del parto, una pérdida del papel de la matrona y un aumento de la leche artificial, en detrimento de la lactancia materna. Atando cabos, alguien podría pensar que se debería investigar si hay alguna relación entre la forma de nacer y el autismo.

En 1991, la psiquiatra japonesa Ryoko Hattori evaluó los riesgos de padecer autismo según el lugar de nacimiento. Los niños nacidos en un determinado hospital japonés tenían más probabilidad de ser autistas que la media. En ese hospital se inducía el parto de forma rutinaria una semana antes de la fecha prevista. Utilizaban distintos tipos de sedantes, analgésicos y oxitocina para provocar las contracciones.

Otro dato que da qué pensar sobre la “hormona del apego” es que los niños prematuros tienen más probabilidad (casi el doble) de desarrollar autismo. Tengamos en cuenta que suelen nacer tras partos difíciles con mucho estrés, pasan semanas en la incubadora y muy raramente son alimentados por sus madres. Por desgracia para ellos, en España, aún pocos pediatras y neonatólogos conocen los beneficios del Método Canguro y, de los que lo conocen, pocos lo ponen en práctica en los hospitales donde trabajan. Tras el efecto anti-oxitocina (o anti-apego) de la incubadora, es muy difícil recuperar la lactancia materna, que podría contrarrestar los efectos negativos de esa llegada al mundo tan complicada.
Más detalles sobre los que pensar: niños que han sufrido abandono al nacer o en los primeros meses de vida tienen niveles más bajos de oxitocina y presentan síntomas que apenas se pueden diferenciar de los autistas. Seguro que todos tenemos en mente las imágenes de los orfanatos de China, Rumanía, etc.

Son experimentos sueltos y alguien muy puntilloso podría decir que no son concluyentes, siempre hay quien prefiere mantener sus esquemas y no cambiar nada de su manera de trabajar con las mujeres y los bebés, aunque la evidencia científica demuestre lo contrario. El experimento irrefutable, aunque evidentemente irrealizable, consistiría en coger dos grupos de mujeres embarazadas, a uno de ellos se le induce el parto con oxitocina y se interrumpe la lactancia materna, como se hace en muchos hospitales. El otro grupo sería el grupo de control, se les dejaría tener un parto natural sin intervenciones innecesarias y se respeta la lactancia materna. Al cabo de unos años, se observa cuántos niños autistas hay en cada grupo y sacamos conclusiones.

Sin llegar a los extremos anteriores, hay más formas de hacer ciencia. Podemos observar las estadísticas que muchos expertos están recogiendo en todos los rincones del mundo, podemos establecer correlaciones entre distintas variables (tipo de nacimiento, uso de la oxitocina, tasa de autismo…). En el caso del autismo, también parece que hay un factor genético que puede predisponer al desarrollo de estas alteraciones, pero los factores medioambientales en el embarazo, el nacimiento y los primeros meses de vida tienen una importancia fundamental.

Hay muchos más estudios que apoyan la relación entre la manera de nacer y la mayor o menor alteración de la capacidad de amar. Podéis consultar la base de datos sobre la salud primal que organiza Michel Odent con el objetivo de estudiar, desde distintos campos, el efecto del nacimiento sobre en el resto de la vida. En la página de
Primal Health Research se puede hacer una búsqueda por palabras para encontrar todos los estudios relacionados.

En el futuro, las investigaciones y el trabajo debería enfocarse en dos campos distintos. Por un lado, los niños y adultos con autismo podrían beneficiarse de los estudios sobre la oxitocina, pero a largo plazo, el cambio importante debería producirse en la manera de nacer de nuestros hijos, dejando que actúen los millones de años de evolución humana, permitiendo que el maravilloso cóctel de hormonas naturales haga su trabajo y dejando que madre y bebé se vinculen de forma natural.

Texto de Ramón Soler: Psicólogo colegiado experto en Terapia Regresiva Reconstructiva, Hipnosis Clínica, Psicología de la Mujer (embarazo, Parto, Puerperio), Psicología Infantil. En la actualidad ejerce su profesión en su propia consulta en la ciudad de Málaga (España). Compagina esta labor junto a la de Autor y Administrador de
mentelibre.es


Como reflexión final quería comentarles que con este nuevo descubrimiento, tenemos una causa más (por si no hubiere ya suficientes) para luchar por tener un parto lo más natural posible... ¿Qué opinan? ¿Tienen algún niño que haya sido diagnosticado de autismo en la familia? ¿Qué posibles causas le atribuyeron sus médicos tratantes?

ORIGEM
Foto © Heide Benser/Corbis


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Para os cientistas, oxitocina está na base da gentileza humana

Para cientistas, oxitocina está na base da gentileza humana

Do The New York Times
Com um festival de gratidão obrigatória à vista, permita-me oferecer algumas sugestões de coisas pelas quais você deveria exatamente agradecer. Seja grato por, em pelo menos uma ocasião, sua mãe não ter afugentado seu pai com um par de nunchakus e, ao invés disso, ter permitido contato suficiente para possibilitar sua feliz concepção. Seja grato por, ao comprar aquela criatura pálida semelhante a uma ave no mercado, o atendente aceitar seu cartão de crédito em boa fé e até mesmo devolvê-lo pronunciando seu sobrenome de forma quase compreensível. Seja grato pelo funcionário amigável do balcão da United Airlines no dia anterior ao Dia de Ação de Graças, que entende por que você precisa sair da cidade hoje, neste exato minuto, sob risco de alguém puxar o nunchaku da família.
Acima de tudo, seja grato pela oxitocina em seu cérebro, o pequeno e celebrado hormônio peptídeo que, ao que parece, ajuda a lubrificar toda a nossa interação pró-social, os milhares de atos de gentileza, ou quase gentileza, ou daquela gentileza nem tão sincera assim, que tornam possível uma sociedade humana. Cientistas sabem há muito tempo que o hormônio desempenha papéis fisiológicos essenciais durante o nascimento e a lactação, e estudos com animais demonstraram que a oxitocina também pode influenciar o comportamento, estimulando arganazes a se aproximarem de seus parceiros, por exemplo, ou a limpar e confortar seus filhotes. Agora, uma série de novas pesquisas em humanos sugere que a oxitocina está por trás dos pilares emocionais gêmeos da vida civilizada, nossa capacidade de sentir empatia e confiança.
De acordo com um artigo deste mês no periódico The Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores descobriram que diferenças genéticas na resposta das pessoas aos efeitos da oxitocina estão ligadas à sua capacidade de ler expressões faciais, inferir as emoções de terceiros, se afligir com a adversidade alheia e até se identificar com personagens de romances ou de uma tira em quadrinhos. “Comecei essa pesquisa como uma grande cética”, disse Sarina M. Rodrigues, da Universidade Estadual de Oregon, coautora do novo artigo, “mas os resultados me lançaram por terra”.
A oxitocina também pode ser um instrumento capitalista. Em uma série de artigos em revistas científicas como Nature, Neuron e outras, Ernst Fehr, diretor do Instituto de Pesquisas Empíricas em Economia da Universidade de Zurique, e seus colegas mostraram que o hormônio tem efeito notável na disposição das pessoas em confiar dinheiro a estranhos. No estudo na Nature, 58 estudantes saudáveis do sexo masculino receberam uma borrifada nasal de oxitocina ou de solução placebo e, 50 minutos depois, foram orientados a jogar um com o outro, usando unidades monetárias que poderiam investir ou poupar.
Os pesquisadores descobriram que os indivíduos induzidos pela oxitocina tinham muito mais chances de confiar em seus parceiros financeiros do que os jogadores placebo: enquanto 45% do grupo oxitocina concordou em investir a quantidade máxima de dinheiro possível, apenas 21% do grupo de controle se provou igualmente condescendente. Além disso, os pesquisadores mostraram que a descarga de oxitocina não simplesmente tornava os indivíduos mais dispostos a assumir riscos e distribuir seu dinheiro por aí. Quando os participantes sabiam que jogavam contra um computador ao invés de um ser humano, não havia diferença na estratégia de investimento entre os grupos. A confiança, ao que parece, funciona apenas em assuntos estritamente humanos.
Entretanto, o hormônio não transforma você em um otário. Na edição de 1º de novembro da Biological Psychiatry, Simone Shamay-Tsoory, da Universidade de Haifa, e seus colegas relataram que quando participantes de um jogo de azar eram postos diante de um jogador que consideravam arrogante, uma borrifada nasal de oxitocina aumentava seus sentimentos de inveja quando o esnobe ganhava e de exultação perversa quando o oponente perdia.
Como regra geral, porém, a oxitocina é um agregador, não um dispersor. Moléculas semelhantes são encontradas em peixes, talvez para facilitar o delicado negócio da fertilização, inibindo a tendência natural de um peixe fugir de outro. Quanto mais elaboradas as demandas sociais, mais papéis a oxitocina assume, alcançando seu ápice em mamíferos. Se você vai dar à luz uma ninhada de jovens necessitados, por que não deixar o mesmo sinal que ajudou a trazê-los ao mundo dar dicas sobre como cuidar e alimentar esses birrentos? E se você for humano, inclinado a transformar tudo em um grande assunto de família, aqui está novamente a oxitocina para incentivar e orientar.
C. Sue Carter, da Universidade de Illinois de Chicago, pioneira no estudo da oxitocina, suspeita que a associação entre o hormônio e o nascimento impediu por muito tempo cientistas de levarem a substância a sério. “Mas agora que ela foi levada ao mundo da economia e das finanças”, disse Carter, “de repente virou um assunto quente”.
A oxitocina age como um hormônio, viajando pela corrente sanguínea para afetar órgãos distantes de sua origem no cérebro e, como um tipo de neurotransmissor, permitindo que as células cerebrais se comuniquem. Diferente da maioria dos neurotransmissores, a oxitocina parece entregar seu sinal através de apenas um receptor, uma proteína projetada para reconhecer seu formato e estremecer quando presa; dopamina e serotonina, de forma diferente, têm cada uma cinco ou mais receptores dedicados a elas. No entanto, os contornos precisos do esforçado receptor da oxitocina diferem de indivíduo para indivíduo, com efeitos perceptíveis.
Em seu estudo, Rodrigues e os colegas Laura R. Saslow e Dacher Keltner, da Universidade da Califórnia em Berkeley, analisaram como duas variantes do código genético do receptor podem influenciar a capacidade de uma pessoa de sentir empatia, medida por um questionário padronizado (“Eu realmente me envolvo com os sentimentos de personagens de um romance”) e por uma tarefa comportamental chamada “Lendo a Mente com os Olhos”.
Nela, participantes observam 36 fotografias em preto e branco de olhos de pessoas e devem escolher a palavra que melhor descreva o humor de cada sujeito. Incômodo, rebeldia, contemplação, alegria? Em uma mensuração relacionada aos supostos efeitos relaxantes da oxitocina, também é testada a intensidade com que os indivíduos reagem ao estresse de escutar uma série de ruídos altos.
Em sua amostragem com 192 universitários de ambos os sexos, os pesquisadores descobriram que aqueles com a chamada versão A do receptor da oxitocina, que estudos anteriores associaram ao autismo e habilidades paternas ou maternas fracas, pontuaram bem menos na tarefa de leitura de olhar e mais no teste de propensão a estresse do que os indivíduos com a variedade G do receptor.
“Nós somos todos diferentes, e isso é uma boa coisa”, disse Rodrigues. “Se todos fossem grudentos e amorosos, seria um mundo insuportável”. Ela própria depois comicamente se assumiu como um Tipo A.
Tradução: Amy Traduções

AUTISMO. Herança genética



10 MAY 10 | Etiología, clínica, diagnóstico y tratamiento
Autismo: una puesta al día
La detección y el diagnóstico precoces permitirán diseñar tratamientos para alterar el curso del comportamiento temprano y el desarrollo cerebral.

E Levy, R T Schultz
Lancet. 2009 Nov 7;374(9701):1627-38. Epub 2009 Oct 12.


Los trastornos del espectro autista se caracterizan por deficiencias graves en la socialización y la comunicación y comportamientos inusuales repetitivos. La frecuencia de estos trastornos aumenta con el tiempo; las tasas actuales rondan los 60 casos por cada 10.000 niños) lo que podría atribuirse a factores tales como una nueva clasificación administrativa, los cambios en la política y la práctica y una mayor preocupación por el tema. Las estrategias de vigilancia y detección para la identificación precoz permitiría un tratamiento temprano con mejores resultados.

Los trastornos del espectro autista tienen un gran contenido genético y multifactorial con muchos factores de riesgo que actúan juntos. Están implicados los genes que afectan la maduración sináptica, dando lugar a teorías neurobiológicas que se centran en la conectividad y los efectos nerviosos de la expresión génica. Hay varios tratamientos que podrían abordar los síntomas básicos y concomitantes. Sin embargo, no todos los tratamientos han sido estudiados en forma adecuada. La mejor estrategia para mejorar la eficacia terapéutica sería mejorar la identificación temprana del fenotipo y de los marcadores biológicos (por ej., los cambios electrofisiológicos). Se necesitan más conocimientos sobre la identificación temprana, la neurobiología, los tratamientos efectivos del autismo o, el efecto que este trastorno ejerce en las familias.

Introducción

El autismo es un trastorno del neurodesarrollo que entra en la categoría de los trastornos generalizados del desarrollo y se caracteriza por el deterioro grave y generalizado de la reciprocidad, la socialización, la alteración cualitativa de la comunicación y, los comportamientos repetitivos o poco comunes. La 4a edición del Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, (DSM-IV) y la 10a edición del International Classification of Diseases (ICD-10) incluyen los trastorno del autismo, el síndrome de Asperger, un trastorno generalizado del desarrollo, también denominado específicamente síndrome de Rett (o PDD-NOS por sus siglas en inglés) y los trastornos disociativos de la infancia como los trastornos generalizados del desarrollo. Los médicos y los investigadores utilizan los trastornos del espectro autista que incluyen el autismo, el síndrome de Asperger y el PDD-NOS, que son temas tratados en este Seminario. Para los niños con trastorno de Rett o trastorno disociativo de la niñez, tanto su curso clínico como la fisiopatología,y las estrategias de diagnóstico son diferentes y no se tratan en este Seminario.


CONTINUA...

Cientistas descobrem conexão entre autismo e testosterona



Relacão entre a alta concentracão de testosterona no líquido amniotico com o autismo.

30 de janeiro de 2009 10h04

As crianças expostas a níveis elevados de testosterona durante a gestação apresentam resultados semelhantes aos de pacientes de autismo, em testes psicológicos. A descoberta oferece sustentação a uma teoria contenciosa sobre a origem da doença, afirmam pesquisadores.
Mas embora a mídia esteja antecipando a possibilidade de testes pré-natais de autismo, os pesquisadores dessa disciplina recomendam cautela, tanto quanto à importância da descoberta quanto com relação à adoção dos exames.
O número de vítimas masculinas de autismo é quatro vezes superior ao de vítimas femininas, e a relação é de nove para um quando se trata de Síndrome de Asperger.
Simon Baron-Cohen, psicólogo do desenvolvimento no Centro de Pesquisa do Autismo na Universidade de Cambridge, Inglaterra, acredita que isso aconteça porque traços associados ao autismo ¿tais como a dificuldade de sentir o que outras pessoas sentem e uma capacidade reforçada de analisar, explorar e extrair as regras subjacentes a sistemas complexos- são manifestações extremas do comportamento masculino normal.
Baron-Cohen e seus colegas reportaram em trabalho publicado pelo British Journal of Psychology que crianças expostas a altas concentrações de testosterona quando fetos têm maior probabilidade de apresentar traços autistas.
E já que altas concentrações de testosterona pré-natais foram associadas a alguns aspectos da capacidade cognitiva masculina, eles alegam que suas descobertas oferecem sustentação à teoria do autismo como "forma extrema do cérebro masculino".
Mas dois comentários publicados na mesma edição da revista demonstram que nem todos os observadores concordam quanto ao valor do estudo ou mesmo com a validade geral da teoria.
A hora do teste
Por mais de uma década, a equipe de Baron-Cohen estudou a correlação entre concentrações de testosterona - medidas em mulheres grávidas que tiveram o fluido amniótico que cerca seus fetos testado para fins médicos- e desenvolvimento, em 235 crianças que não sofrem de autismo.
Os pesquisadores já haviam descoberto que as crianças que foram expostas a concentração elevadas de testosterona fetal exibiam algumas características de adultos com distúrbios autísticos, tais como evitar olhares diretos, desenvolver menos áreas de interesse e estabelecer relacionamentos de mais baixa qualidade.
Agora que as crianças estão em média com nove anos de idade, Baron-Cohen e seus colegas usaram dois questionários para considerar aspectos mais sutis do autismo.
Os questionários perguntavam às mães sobre fatores como a atenção das crianças a detalhes (que é usualmente elevada em pessoas com problemas de autismo) e sua capacidade de perceber o que outras pessoas estão pensando (usualmente baixa nos autistas).
Uma vez mais, eles constataram que, quanto maior a presença de testosterona no ventre, mais parecidos os resultados se tornavam com os de pessoas que sofrem de distúrbios autísticos.
Um cérebro especial?
A psicóloga Kate Plaisted Grant, também da Universidade de Cambridge, considera o estudo "intrigante", mas diz que "ele não estabelece vínculo entre testosterona fetal e o perfil cognitivo do autismo".
Ela diz, por exemplo, que o trabalho não mostra correlação entre a testosterona e a capacidade visual e espacial, uma área na qual os pacientes de autismo em geral são muito capacitados.
Ela tampouco está convencida de que as descobertas sustentem a teoria subjacente. "A comunidade científica mais ampla não aceitou a idéia da forma extrema do cérebro masculino¿, ela diz. A testosterona fetal ¿pode criar um cérebro especial, mas não necessariamente cria um cérebro masculino".
O psiquiatra Laurent Mottron, da Universidade de Montreal, no Canadá, autor de um dos comentários, expressa outras preocupações. Ele enfatiza, especialmente, que porque homens e pessoas portadores de distúrbios autísticos têm resultados semelhantes em questionários sobre o autismo, isso não significa que os traços masculinos são traços de autismo. Em lugar disso afirma, o fato demonstra apenas que o teste não é capaz de distinguir entre masculinidade e autismo.
"Para mim, a idéia equivale a dizer que duas coisas que têm o mesmo peso devem ser feitas do mesmo material", ele explica.
Interpretação equivocada da mídia
Todo mundo concorda quanto a uma coisa, porém ¿que a mídia britânica interpretou os dados de maneira incorreta e exagerada.
O jornal Guardian se concentra na questão dos testes pré-natais. O estudo não envolve essa questão e não foi motivado pela tentativa de desenvolver um teste. "O motivo do estudo era tentar compreender possíveis fatores causais do autismo", diz Baron-Cohen.
E mesmo que seja identificado um marcador biológico do autismo, muita gente sente que a questão dos testes é mais moral que científica.
"Os indivíduos autistas são indivíduos notáveis, com talentos fantásticos que beneficiaram muito nossa sociedade", diz Plaisted Grant. "Considero repulsiva a idéia de que haja um teste genético que poderia fazer com que pessoas como essas não chegassem ao mundo".
Tradução: Paulo Migliacci
ORIGEM 

Ver também Genciencia 
Origem

Drauzio Varella: Mulheres intuitivas, homens autistas (Psicologia)

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Em média, somos mais altos e mais musculosos do que as mulheres. Característico da maioria dos mamíferos, esse dimorfismo sexual é evidência indiscutível da seleção natural resultante da competição milenar entre os machos pela posse das fêmeas, sempre interessadas em se acasalar com os mais poderosos, capazes de proteger suas proles

Nos últimos 50 anos, os neurocientistas têm demonstrado que o dimorfismo na espécie humana não se restringe à aparência física, mas está presente na configuração do cérebro.

Apesar de variações individuais, o cérebro masculino é cerca de 9% maior do que o feminino, graças às dimensões da substância branca, uma vez que a quantidade de massa cinzenta (associada às funções cognitivas superiores) é semelhante em ambos os sexos. Por outro lado, o corpo caloso, estrutura que estabelece a conexão entre os hemisférios cerebrais direito e esquerdo, é proporcionalmente mais desenvolvido nas mulheres.

Os neurônios das mulheres parecem formar maior número de conexões (sinapses), essenciais do ponto de vista funcional, mas os homens têm em média 10 milhões a 20 milhões de neurônios a mais, e eles se encontram mais densamente empacotados na maior parte dos centros cerebrais.

Antes que você, leitora feminista, tenha um ataque de nervos, vamos deixar claro que, até hoje, nenhum estudo científico conseguiu demonstrar superioridade dos quocientes médios de inteligência em qualquer dos sexos.

Tomadas em conjunto, essas informações apenas explicam porque nós demonstramos mais habilidade na realização de tarefas restritas a um único hemisfério cerebral, como interpretar mapas geográficos, encontrar saídas em labirintos, lidar com máquinas, ao passo que elas levam vantagem em atividades que se beneficiam das conexões entre os dois lados do cérebro: interpretação de emoções alheias, sensibilidade social, fluência verbal.

Enquanto as áreas cerebrais controladoras da linguagem masculina estão limitadas ao hemisfério cerebral esquerdo, a mulher utiliza os dois hemisférios ao falar. Graças a essa versatilidade, as meninas começam a falar mais cedo (e, segundo os maledicentes, não param mais) e se saem melhor nas atividades escolares que privilegiam a linguagem.
Comparadas com os meninos, elas nascem com uma diferença de maturação cerebral de quatro semanas, diferença mantida de tal forma até a idade escolar que o doutor José Salomão Schwartzman, um dos neuropediatras brasileiros mais conceituados, considera erro grosseiro levar em conta apenas o critério de idade para misturar crianças de ambos os sexos na mesma sala de aula.

Dados experimentais demonstram que essas características sexuais estão ligadas a fatores biológicos. Ratos machos realizam com mais facilidade os testes para encontrar saídas de labirintos, vantagem perdida quando as fêmeas são tratadas com testosterona no período neonatal. Na infância, os machos de diversas espécies de macacos preferem brincar com carrinho, enquanto as fêmeas escolhem as bonecas.

Em trabalho publicado em 2001, no qual bebês de um dia de vida foram colocados diante da face de uma pessoa e de um objeto mecânico móvel, ficou demonstrado que as meninas passam mais tempo a olhar para a face; os meninos, para o objeto.

O mecanismo responsável por essas diferenças corre por conta da exposição do sistema nervoso à ação da testosterona produzida pelos testículos durante a vida embrionária e neonatal. Meninas que nascem com hiperplasia adrenal congênita, condição genética em que ocorre aumento de produção de testosterona, exibem comportamento mais semelhante ao dos meninos.

É cada vez mais aceita na psicologia moderna a teoria da Empatia-Sistematização (E-S), segundo a qual os indivíduos podem ser classificados de acordo com sua maior habilidade de sistematizar ou estabelecer empatia. Sistematizar é a capacidade de analisar um sistema com o objetivo de prever seu o comportamento. Empatia é a capacidade de identificar estados mentais alheios e de responder a eles com a emoção mais apropriada.

A teoria E-S propõe que as diferenças psicológicas entre os sexos sejam definidas pelo diferencial entre as dimensões da empatia (E) e da sistematização (S), uma vez que prever comportamentos e emoções alheias não obedece às regras que regem sistemas mecânicos, nos quais a resposta a um mesmo estímulo é sempre previsível. O tipo psicológico ES é característico das mulheres; SE é mais encontrado nos homens.

De acordo com a teoria, o processo de masculinização cerebral, levado ao extremo, conduziria ao autismo, condição associada a comportamentos repetitivos, obsessão por sistemas previsíveis como decorar horários de trens e nomes de ruas, resistência às mudanças do ambiente, dificuldade de compreender metáforas, precocidade para decifrar funcionamento de máquinas e dificuldade de relacionamento afetivo.

O dimorfismo cerebral explica porque as mulheres tantas vezes nos surpreendem ao interpretar atitudes e prever intenções alheias e a habilidade demonstrada por elas na execução de tarefas simultâneas como dar banho nos filhos, falar ao telefone, avisar que a campainha está tocando e pedir para desligar o forno, enquanto dez homens na sala, assistindo ao futebol, perdem a concentração quando entra uma mulher para perguntar quem vai encomendar a pizza. ORIGEM

Descoberta fórmula ‘in vitro’ para criar neurónios



O estudo de uma equipa de cientistas europeus abre novas perspectivas para a investigação médica sobre doenças neurológicas, como a epilepsia ou o Alzheimer.
Cientistas europeus descobriram como transformar, num laboratório, células embrionárias em neurónios do córtex cerebral, abrindo novas perspectivas para a investigação médicas sobre doenças neurológicas.
O córtex cerebral é uma estrutura complexa, constituída por células nervosas ou neurónios, onde surgem doenças como a epilepsia, a doença de Alzheimer.
O trabalho, realizado pela equipa de Pierre Vanderhaeghen, da Universidade Livre de Bruxelas, com Afsaneh Gaillard, da Universidade francesa de Pitiers, foi colocado ‘online’ no domingo pela revista cientifica Nature.
Nicolas Gaspard, da Universidade Livre de Bruxelas, descobriu pela primeira vez que as células embrionárias “podem ser transformadas em neurónios do córtex de acordo com um mecanismo simples e eficaz, resumindo a essência da complexidade do córtex cerebral, mas dentro de caixas de cultura celular”, referiu um investigador à AFP.
Esses neurónios, gerados totalmente fora do cérebro, foram depois transplantados para cérebros de ratos. Um mês depois, examinando o cérebro dos ratos, foi possível ver que os novos neurónios ligaram-se ao cérebro, formando canais adequados para o efeito.
Desta forma, acrescentou o investigador, “demonstrámos que os neurónios são funcionais”.
“Pela primeira vez, temos acesso a um fonte ilimitada de neurónios específicos do córtex”, referiu.
Os investigadores acreditam que esta nova descoberta “é uma ferramenta inovadora para a investigação” e poderá ser utilizada para testar novos medicamentos. Este método poderá também constituir uma alternativa para algumas experiências em animais e humanos.
A longo prazo, este trabalho abre também a perspectiva de transplantes intracerebrais contra doenças degenerativas, vasculares cerebrais ou traumas que afectam o córtex.

Fonte: Expresso.

Jogos de computador: compulsão quase nunca é vício


Cerca de 90% dos jovens que procuram tratamento por se considerarem jogadores compulsivos de videogame não estão viciados, segundo o fundador da única clínica da Europa dedicada ao problema.
Keith Bakker, do Centro Smith & Jones, em Amsterdã, na Holanda, já tratou centenas de jovens desde que a clínica foi inaugurada, em 2006.
Mas o centro está mudando a maneira como cuida de seus pacientes depois de perceber que jogar videogame compulsivamente é um problema mais social do que psicológico.
Usando o tradicional modelo baseado na abstinência, a clínica foi bem-sucedida na maioria dos casos em que os jovens também apresentavam outros tipos de vício, como o abuso de drogas ou álcool.
Mas Bakker diz acreditar que os vícios múltiplos afetam apenas 10% dos jogadores compulsivos. Para os outros 90% que dizem passar pelo menos quatro horas por dia diante do videogame, o fundador da clínica duvida que o aconselhamento psicológico seja o melhor tratamento.
“Esses garotos chegam ao centro com alguns sintomas parecidos com os de outros tipos de vício ou dependência química”, afirma Bakker, em entrevista à BBC.
“Mas quanto mais lidamos com eles, menos tendo a crer que possamos chamar o problema de vício. O que a maioria deles precisa é dos pais e dos professores”, avalia. “É um problema social.”
Intervenção
Segundo o fundador da clínica de Amsterdã, a intervenção pode ser a única maneira de quebrar o círculo vicioso para os mais jovens. Isso às vezes significa literalmente tirar a criança do computador por um tempo até ela se dar conta de seus hábitos e começar a ver que existem outras opções na vida.
“É uma escolha”, diz Bakker. “Esses jovens sabem exatamente o que estão fazendo e simplesmente não querem mudar. Se ninguém ajudá-los, nada vai acontecer.”
Ele afirma que, se houvesse um comprometimento maior dos pais e educadores em ouvir o que as crianças dizem, problemas como isolamento e frustração poderiam ser cortados pela raiz, levando esses jovens do mundo virtual de volta ao mundo real.
A clínica agora começou a modificar seu programa de tratamento, concentrando-se mais em realizar atividades que desenvolvam as habilidades sociais e de comunicação dos pacientes, para ajudá-los a se reintegrar à sociedade.
“O problema do jogo compulsivo é resultado da maneira como vivemos hoje em dia”, afirma Bakker. “Cerca de 80% dos jovens que passam por nossa clínica sofreram abusos de colegas de escola e se sentem isolados. Muitos de seus sintomas podem ser resolvidos voltando às velhas noções de comunicação.”
Ao oferecer aos pacientes um espaço onde eles se sentem aceitos e ouvidos, a clínica diz ter descoberto que a maioria conseguiu abandonar o jogo e reconstruir suas vidas.
Fonte: BBC Brasil.

Viciados na INTERNET e dificuldades de sociabilização



A expressão viciados em tecnologia não é uma metáfora. É uma patologia que existe mesmo e já tem tratamento especializado com assistência médica.
Esta dependência revela-se numa irritabilidade latente e numa grande agitação quando privados de jogos ou de sites, ou quando começa a haver uma grande preocupação de aceder a sites e responder a mensagens, a ponto de começar a interferir e prejudicar a vida social e profissional.
A primeira clínica de reabilitação para dependentes da Internet, de telemóveis e jogos de computador abriu recentemente em Inglaterra no Hospital Capio Nightingale, no centro de Londres.
Segundo Richard Graham, responsável por este programa de reabilitação, o tratamento dura 28 dias e destina-se sobretudo a jovens dependentes em jogos de computador on-line e em redes sociais.
O tratamento, que não tem o objectivo de afastar totalmente o paciente da tecnologia, segue um modelo de terapia clássica e tem três fases: Primeiro inicia-se um processo intensivo de terapia clínica entre médico e pacientes a fim de perceber o mundo familiar e as dificuldades de sociabilização. A fase seguinte, trata exclusivamente do relacionamento dos pacientes com as “máquinas” para que se possas conseguir desligar qualquer tipo de aparelho que crie dependência. Por último, iniciar um programa de rotina e de actividade longe do computador os das consolas.
A clínica não tem presença on-line, mas dentro da página do hospital há um um site onde os visitantes podem aceder e fazer o teste para medir o seu nível de dependência. Os números de verdadeiros viciados em tecnologia ainda não são muito elevados  mas, segundo estudos feitos nesta área a tendência será aumentar.
Fonte: Expresso Online.

Um terço dos idosos toma medicamentos errados

Múltiplas Causas das Desordens do Espectro Autista





Por Mark Sircus Ac., OMD
Diretor Executivo da IMVA - International Medical Veritas Association
http://www.imva.info

O autismo está ganhando de nós porque ele é o resultado de
um experimento de 50 anos de saturação de cada ser vivente
com um excesso de substâncias tóxicas, incluindo vacinas.

Dr. Gregory Ellis
Apontar o papel central do mercúrio na criação das desordens do espectro autista não desconsidera outras possíveis causas. Ou, ainda, uma teoria geral que inclua uma série de causas que, no decorrer do tempo, enfraqueça a criança a ponto de que, para ela, a dose tóxica de químicos na vacina seja demais para suportar. O desenvolvimento cerebral das crianças tem sido prejudicado por alguns dos mais de 70.000 químicos artificiais no mercado, reporta a World Wildlife Fund (WWF). [i]   
De acordo com a Academia Nacional de Ciências (NAS) dos Estados Unidos, 60.000 crianças americanas estão nascendo a cada ano com problemas neurológicos causados pela exposição pré-natal a compostos de metil-mercúrio presentes em combustíveis fósseis e no ar poluído. [ii] A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a poluição do ar mata aproximadamente 3 milhões de pessoas por ano [iii]  Ataques químicos vêm em diferentes formas. Nós os vemos na forma de vacinas que contém mercúrio como preservativos, amálgamas dentais que são cinqüenta por cento de mercúrio em peso, drogas farmacêuticas que apresentam fortes efeitos colaterais, práticas violentas de nascimento, flúor na água potável, e alimentos que contém substâncias tóxicas ao sistema neurológico, como glutamato monossódico, aspartame, pesticidas, hormônios e preservativos.
Usinas atômicas colocam 40 toneladas de mercúrio por ano na atmosfera através da queima do carvão. Somente nos Estados Unidos, a incineração de lixo hospitalar libera outras 20 toneladas anuais e estimamos que mais 200 toneladas são perdidas no ambiente, porque essa é a quantidade de Hg solicitada pelos hospitais para consertar seus aparelhos de pressão, a cada ano.[iv] Cada indústria de plástico despeja mercúrio no ambiente e cada novo carro produzido está saturado com seus vapores.
 Vacinas são uma preocupação especial na busca pelas causas do autismo, devido aos seus compostos tóxicos, incluindo mercúrio e alumínio, que são injetados diretamente no corpo. E alguns dos componentes das vacinas passam diretamente através da barreira sanguínea do cérebro e afetam o sistema nervoso, especialmente as células do sistema imunológico cerebral, as microglia. Microglia são células imunológicas do sistema nervoso central (SNC) e elas facilmente se voltam contra o SNC destruindo-o através de excitotoxicidade e autotoxicidade. [v] Quando isso ocorre, temos uma destruição generalizada e não-específica de neurônios, axônios, dendritos e sinapses. A química destrutiva da microglia, quando super estimulada, explica como uma criança pode entrar num estado onde ela se torna alérgica a quase qualquer coisa que ela toque, respire ou coma.
Muitos são os fatores de fundo que enfraquecem a química dessas células, enfraquecendo o equilíbrio químico básico no cérebro, deixando todo o SNC mais vulnerável ao seu inimigo mais ameaçador, o mercúrio. Mercúrio tem uma classificação própria quando se trata de neurotoxicidade, causando danos através de vários mecanismos, incluindo um assalto direto às neurofibrilas, retirando a mielina e resultando num dano devastador aos neurônios. E não há escassez de vias de contaminação por mercúrio, com amálgamas dentais em bilhões de bocas, resíduos tóxicos legalizados que liberam constantemente mercúrio para os tecidos do corpo, e da mãe para o feto. Bebês são especialmente sensíveis à destruição causada pelo mercúrio.  
Nossas crianças estão sendo envenenadas numa escala massiva. Os dentistas que usam amálgama são os maiores poluidores por mercúrio do planeta. Esses dentistas podem ou não estar presentes para verem o que eles fizeram – tipicamente eles vivem cerca de 50 anos, e freqüentemente cometem suicídio, o que é um sintoma clássico de contaminação por mercúrio
John Moore
As substâncias químicas não são seguras, os naturalistas sabem disso e vivem suas vidas com este princípio em suas mentes. Entretanto, a tendência geral dos médicos alopatas é negar a toxicidade dos medicamentos, falsamente elevando as bactérias e vírus às principais causas das doenças. A falha deles em entender que a combinação de várias substâncias químicas pode sobrecarregar a saúde de um determinado indivíduo é trágica. A medicina tem escondido os sempre presentes perigos dos milhares de químicos usados pela indústria, porque ela mesma é uma indústria que usa químicos tóxicos na forma de drogas.
Está claro que a maior parte das evidências disponíveis sugerem a importância dos múltiplos fatores biológicos agindo através de um ou mais mecanismos para produzir a síndrome autista
Dr. Donald J. Cohen & Fred Volkmar
Virtualmente 100% dos nascimentos administrados medicamente são sujeitos a altos níveis de intervenções farmacêuticas. Nós não conhecemos os efeitos negativos de tais intervenções porque ninguém nunca buscou estudar os possíveis efeitos colaterais do pesado uso de drogas no bebê por nascer. A maioria dos partos hoje em dia é induzida em algum ponto. As mães são drogadas, o que obviamente significa que os bebês são drogados. A maior parte dos cordões umbilicais são cortados [vi] antes que todo o sangue da placenta volte para o bebê, o que significa que os bebês começam suas vidas com um decréscimo de cerca de 40% no seu volume sanguíneo. [vii] O nascimento em si já é um choque em um nível ou outro. Os bebês precisam de tempo para se ajustar, à luz, ao som, ao simples ato de respirar. Mas a eles não é dado o tempo de que precisam. Assim que nascem, antibióticos em gota ou gel é colocado em seus olhos e eles recebem uma injeção de vitamina K. O problema é que a “vitamina” K é um composto sintético, o qual seus pequenos corpos realmente não conseguem reconhecer e usar. Mas, mais importante, esta injeção contém químicos viciosos como benzil, fenol, glicol propileno, ácido acético e ácido hidroclorídrico. [viii] Então, mesmo antes da vacina de hepatite B ser aplicada, os bebês já estão tendo que lidar com químicos e antibióticos fortes circulando em seus sistemas circulatório e nervoso – que já, naturalmente, estão numa batalha para se adaptar à nova condição, fora do organismo de sua mãe.  Agora adicione a essa lista a vacina da hepatite B com seu hidróxido de alumínio, timerosal (mercúrio) e material genético modificado e nós podemos apenas nos perguntar sobre os pediatras e o que eles estão pensando. Na edição de 14 de setembro de 2004 da revista Neurology (2004;63:838-42) um grupo de Harvard publicou suas descobertas confirmando nossos maiores medos, sobre a vacina contra hepatite B e seu papel no aumento das chances do recipiente contrair esclerose múltipla. Esses pesquisadores estimam que ela aumenta o risco em mais de três vezes. Isso é altamente significativo para o nosso modelo de múltiplas causas do autismo porque, como Dr. Blaylock já suspeitava, essa e outras vacinas estão criando problemas no sistema imunológico cerebral, levando a sérias doenças auto-imunes.
Uma pesquisa informal entre parteiras não identificou nenhum bebê nascido em casa que tenha sido, até agora, diagnosticado com desordens autistas. Parteiras têm uma tendência muito maior a serem gentis e a se renderem aos processos naturais do que as equipes hospitalares, e deixam os bebês se adaptarem plenamente antes de cortarem o cordão umbilical. A atual prática obstétrica do corte imediato rotineiro do cordão coloca em risco o cérebro e outros órgãos do recém nascido, por interromper a oxigenação via placenta e a transfusão sanguínea placentária, durante a transição de “feto” para “recém-nascido”. [ix] Além dessa questão do corte do cordão, os nascimentos domiciliares com parteiras usualmente não sofrem intervenções e as parturientes não são medicadas. Também as famílias que optam por parto domiciliar muito freqüentemente são aquelas que optam pela não vacinação e pelo tratamento natural de suas crianças. Todos esses fatores podem contribuir para o fato de não se observar crianças com autismo nascidas em partos domiciliares.
O denominador comum em doenças neurodegenerativas crônicas
 parece ser ou um decréscimo do suprimento vascular (menos sangue no cérebro)
ou a acumulação de metais pesados, especificamente mercúrio.

Dr Rashid Buttar
O estabelecimento médico admite que a causa do autismo não é ainda “completamente” conhecida, e, ao mesmo tempo, tem a imprudência de assegurar aos pais o que não está causando tal epidemia. Eles insistem – a despeito das crescentes evidências – em que a causa não tem nada a ver com danos colaterais causados por vacinas ou pelo mercúrio contido nelas. Aqui deve ser frisado que não há nada para substanciar a afirmação sobre o autismo ter “uma forte base genética” a não ser especulação. O diagnóstico de causa genética é uma saída à mão que o CDC (Centro para Controle de Doenças, nos EUA) utiliza quando a doença não pode ser explicada por infecções por vírus ou bactérias.

Dr. Rimland diz “É um absurdo declarar que a ligação entre muitos casos de autismo e a vacinação é apenas uma coincidência”. Como um cientista profissional em tempo integral por 50 anos, e um pesquisador no campo do autismo por 45 anos, eu fico chocado e irritado com os esforços do estabelecimento médico para trivializar as sólidas e inegáveis evidências de que as defectivas políticas de vacinação são a raiz da epidemia [de autismo]. Existem muitas linhas consistentes de evidências envolvendo as vacinas e nenhuma outra hipótese alternativa que seja, ao menos em parte, plausível. [x]
Como nós vimos em capítulos anteriores e como veremos no capítulo sobre tratamento, mercúrio é a causa central, o fator principal que destrói o pleno funcionamento e a saúde das crianças, levando a desabilidades de aprendizagem e ao declínio para o autismo. Há muitas razões porque podemos chegar a esta conclusão. Sem dúvida, o mercúrio não é somente a substância não-radioativa mais tóxica e perigosa para o homem, mas ele substituiu o chumbo como o poluente número um no ambiente.
Recentemente, podemos apontar o sucesso em tratamento do autismo pelo Dr. Rashid Buttar e sua equipe, da North Carolina University.[xi] Usando um novo composto para quelação do mercúrio (DMPS), totais reversões de quadros de autismo foram realizadas, conforme este metal tóxico é retirado do organismo.
 site Nova ErA