quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Autismo pode ser diagnosticado por ressonância magnética

Cientistas britânicos acreditam
que método é mais-valia

Uma em cada cem pessoas é afectada pelo autismo
Uma em cada cem pessoas é afectada pelo autismo
Uma equipa de investigadores britânicos criou um método de scanner cerebral através do qual se consegue diagnosticar o autismo. Esta desordem mental que afecta a capacidade de comunicação e de estabelecer relacionamentos pode manifestar-se em vários graus.

A técnica agora desenvolvida conseguiu bons resultados, mas apenas em homens já diagnosticados. Falta ser validada em mulheres e crianças. O estudo, dirigido pelo professor catedrático de Psiquiatria Declan Murphy, foi publicado no «Journal of Neuroscience».

Nos países desenvolvidos, uma em cada cem pessoas (quatro homens por cada mulher) sofre de algum grau de autismo. Quando se confirma o diagnóstico, existem tratamentos não farmacológicos que melhoram a qualidade de vida dos pacientes.

Na investigação foram feitas complexas análises comportamentais e foi aplicado o conhecimento sobre a base genética do autismo e a sua repercussão (muito ligeira) na anatomia do cérebro, como, por exemplo, a espessura do córtex e a estrutura das regiões relacionadas com a linguagem e com o comportamento.

Murphy acredita que este avanço vai ser uma mais-valia para a actual forma de diagnóstico do autismo, mas que não vai substituí-la.

Christine Ecker, investigadora deste projecto, espera que este método possa começar a aplicar no sistema nacional de saúde em um ou dois anos. “Nem sequer é preciso comprar novos instrumentos, basta acrescentar um programa às máquinas de ressonância magnética. Tem muito boa relação custo-benefício”, explica.

Artigo: Describing the Brain in Autism in Five Dimensions—Magnetic Resonance Imaging-Assisted Diagnosis of Autism Spectrum Disorder Using a Multiparameter Classification

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